Um dos pontos altos de toda nossa viagem ao Perú foi sem dúvida a viagem de Puno a Cusco. Se pode fazer essa viagem de várias formas, de avião, saindo do aeroporto de Juliaca rumo a Cusco, de ônibus normal, de trem, pela Peru Rail, ou de ônibus turístico. Optamos pela última opção. Foram 10 horas de ônibus e quando a gente fala isso parece uma coisa horrível, insuportável. Acontece que a viagem é um passeio em si, com várias paradas em sítios arqueológicos, igrejas e almoço. Escolhemos uma companhia turística nova que faz esse trajeto, a Wonder Perú, e foi tudo ótimo.
Viajamos com um grupo de franceses e o ônibus não estava cheio. No grupo de franceses tinha uma senhora portuguesa que acabou fazendo amizade com a gente.
A primeira parada do passeio/viagem foi no templo de Pukara, a 106 quilômetros de Puno. Ali visitamos um pequeno museu com cerâmicas pré colombianas da civilização Pukara, que data de 1600 anos AC.
De lá o passeio/viagem seguiu por paisagens maravilhosas já subindo a cordilheira dos Andes. Chegamos então ao ponto mais alto da rota, a 4335 metros de altitude, em picos nevados. O ponto de Raya é limítrofe entre as cidades de Puno e Cusco. Em Raya deu até pra fazer guerra de bola de neve! Imaginem: no meio da América do Sul, em pleno verão, e nós fazendo guerra de bolas de neve. No local muitos dos vendedores onipresentes. Compramos lhamas de brinquedo.
O almoço foi em Sicuani, a 3500 metros de altitude. Boa comida peruana, pela primeira vez no formato bufê. Lá for a no quintal uma lhama fazia a alegria dos urbanos de plantão que, como eu e Pietro, ficam doentes por qualquer bichinho.
Em Raqchi vimos ruínas do Império Inca, o Templo de Wiracocha e uma garota típica que posava para fotos em troca de propinas.
Em Andahuaylillas, última parada da viagem, visitamos uma capela que preserva muita arte barroca e obras da escola cusquenha. A igreja é conhecida como a Capela Sistina das Américas.