Ceviche – veja uma receita de um dos mais famosos pratos da cozinha peruana

Ceviche que nós comemos no Yacht Club Peruano, em Callao, perto de Lima

O ceviche (ou cebiche) está muito na moda. Hoje em dia no Rio ou em São Paulo a maioria dos restaurantes serve ceviche de entrada e existem também cevicherias, restaurantes que servem somente o prato mais difundido da cozinha peruana. O prato é muito comum nas casas dos peruanos, é como nosso feijão com arroz.

O problema do ceviche servido no Brasil é que ele nunca vai ficar igual ao ceviche servido no Perú. Não tem nada a ver com o cozinheiro e sim com os ingredientes. Para começo de conversa tem o peixe em si. Nossos peixes são relativamente diferentes dos peixes do Perú, que fica no Oceano Pacífico. Lá se serve também ceviche de peixe de água doce, como de truta, mas mesmo assim o gosto sempre é diferente do nosso. Aqui fazemos ceviche principalmnte com Robalo ou Linguado. Lá eles usam também a Corvina.

Depois tem a pimenta, que é diferente da nossa. No Perú existem mais de 50 tipos de pimenta. O outro ingrediente que também e diferente do nosso é o milho. O ceviche peruano é servido com grãos de milho fervidos, uma porção de batata dôce e outra de abóbora.

Enfim, não é por isso que nós não vamos nos aventurar nos ceviches. Aqui vai uma receita bem básica do típico ceviche peruano, que pode ser apreciado em São Paulo no La Mar, cevicheria de Gastón Acurio, o mais famoso chef peruano. No Rio um ceviche mais perto do verdadeiro pode ser encontrado no único restaurante peruano da cidade, o Intihuasi, no Flamengo.

O chef boliviano Checho Gonzales também é um mestre no ceviche. Em São Paulo os ceviches do Checho podem ser encontrados na feira O Mercado que acontece no dia 21 de abril em Higienópolis (R. Minas Gerais 352. Patio do Sal Gastronomia).

Receita de Ceviche Misto

Ingredientes:

  • Filé de peixe cortado em cubos (300 gramas de linguado ou robalo)
  • Camarões médios limpos (cerca de uma dúzia)
  • Lulas médias fatiadas
  • Pimenta dedo-de-moça fatiada
  • Dentes de alho pequenos picados a gosto
  • 1 cebola roxa média em rodelas cortadas ao meio
  • Suco de limão tahiti ou siciliano
  • Sal e coentro a gosto

Preparo:

  1. Corte o peixe em cubos e deixe marinando no limão e no coentro picado enquanto prepara os outros ingredientes.
  2. Passe as lulas e os camarões levemente em água fervente, este processo se chama branqueamento.
    Assim que branquear os frutos do mar retire da água quente e jogue-os em água gelada.
  3. Corte as cebolas e o alho e junte tudo com o peixe e os frutos do mar escorridos. Eu costumo retirar um pouco do suco de limão, pois fica muito ácido.
  4. Sirva imediatamente acompanhado de uma porção de abóbora cozida, batata dôce cozida e milho fervido.
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Qoricancha: templo inca sobrepujado por monastério espanhol

Bem em frente ao Hotel Libertador de Cusco fica uma das melhores, senão a melhor atração turística da cidade. Qorikancha, ou Templo do Sol, um dos mais importantes templos da civilização Inca, é obra absolutamente representativa da arquitetura desse povo pré-colombiano. O espaço foi destroçado pelos espanhóis no século XVI e sobre suas ruínas foi construído o monastério de São Domingos. Dois grandes terremotos trouxeram à tona o Templo do Sol, em 1650 e em 1950.

No Qoricancha podem ser conferidos os contrastes entre a civilização inca e a colonização espanhola. Está ali também um dos mais importantes documentos sobre cosmologia andina, o desenho de Joan Pachacuti, descendente do imperador Inca Pachacuti, que construiu o Qoricancha. O desenho explica um pouco da religião inca e é um valiosíssimo tesouro da história do Perú.

O passeio não fica completo sem uma visita aos jardins. O externo guarda relíquias da agricultura inca e explica como funcionava sua avançada cultura agrícola, baseada na irrigação. O pátio interno, bem no estilo colonial espanhol, mostra a arquitetura que se sobrepôs ao templo construído de pedras polidas encaixadas perfeitamente, conferindo perfeita vedação. Existe ainda uma galeria de arte colonial e uma ala dedicada à arte contemporânea.

No meio de nosso passeio ao Qoricancha encontramos um monge tibetano que vive em N.York e estava na cidade para palestras. Ali conseguimos uma de nossas mais interessantes fotos de toda a viagem:

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Um dos grandes sucessos de nossa viagem ao Perú: o arroz chaufa

Por conta da forte colonização asiática no Perú existe uma grande concentração de chineses e japoneses no país. Consequentemente a comida asiática acabou se fundindo com a comida peruana e a maior prova disso são os restaurantes chineses, que estão em todo lugar. A Chifa nada mais é do que um retaurante chinês em terras peruanas e o prato mais popular dessa fusão é o arroz chaufa, bem parecido com o arroz maluco que conhecemos no Brasil.

O arroz chaufa pode ser feito com frango, carne ou peixe, ou até mesmo tudo junto. Abaixo segue uma receita de arroz chaufa de frango, bem simples e que pode ser feito com o arroz que sobrou na geladeira.

Arroz chaufa de frango

Ingredientes –
•    1 peito de frango desfiado
•    4 xícaras de arroz
•    Cebolinha picada
•    Shoyu a gosto (molho de soja)
•    1 pitada de açúcar
•    Sal a gosto
•    Óleo
•    2 ovos
•    1 xícara de ervilhas
•    1 cenoura fervida cortada em cubinhos
•    1/2 pimentão vermelho e 1/2 amarelo, picados
•    1 xícara de milho

Preparo:

  1. •    Corte o frango em tiras e tempere com o Shoyu, deixando marinar por algumas horas
  2. •    Cozinhe o arroz normalmente (se já não estiver pronto).
  3. •    Frite um omelete não muito grosso com os dois ovos
  4. •    Corte o omelete em tirinhas ou quadradinhos e reserve
  5. •    Numa panela ou wok frite o frango e reserve
  6. •    Frite os pedaços de pimentão até ficarem macios
  7. •    Junte os pedaços de frango ao pimentão
  8. •    Junte a ervilha, a cenoura e o milho, deixe aquecer e tomar gosto
  9. •    Junte o arroz e o omelete e misture bem
  10. •    Junte por fim mais shoyu e o açúcar
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Libertador “Palácio del Inka” em Cusco

Em Cusco ficamos hospedados em dois hotéis. Primeiro foi no Libertador “Palácio del Inka” e na volta de Machu Picchu ficamos no Inkaterra La Casona. Como já tínhamos ficado no Libertador Arequipa, já estávamos familiarizados com esta cadeia de hotéis e, realmente, os quartos são muito parecidos, principalmente os banheiros (e seus bem recebidos kits Neutrogena de shampoo, sabonete, etc).

O Libertador de Cusco fica em frente a uma das melhores atrações turísticas da cidade, o Qorikancha. O hotel, como a maioria em Cusco, é construído numa antiga “casona” colonial, bem estilo espanhol, com pátios interiores e muita arte cusquenha nas paredes. O café da manhã é um dos melhores que experimentamos em toda a viagem. Os apartamentos são deliciosos com TV a cabo e todos os canais possíveis e imagináveis, incluindo a nossa TV Globo (pra mim absolutamente dispensável, mas tinha gente seguindo Fina Estampa, valei-me Deus!).

Um hotel belo, aconchegante e agradável é essencial numa viagem…

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The Muse – boa opção na noite cusquenha

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O bar/café The Muse, na região de San Blas, foi a nossa escolha para a primeira noite em Cusco. O cardápio tem boas opções de comida, mas a gente já tinha resolvido esse problema com uma pizza cusquenha não muito recomendável perto da Plaza de Armas.

Ficamos assistindo um ótimo show sem pretensão de um rapaz peruano muito simpático. Ele tocou Beatles, Nirvana e músicas latinas, sempre agradecendo com um tal de “puta madre” que até hoje não sabemos de onde vem.

No bar a frequência é jovem, muitos mochileiros. É possível fumar, apesar de proibido.

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Cusco, cidade totalmente voltada para o turismo – mas fuja dos pedintes!

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A cidade de Cusco é totalmente voltada para o turismo. A Praça de Armas, que não chega a ser tão bonita quanto a de Arequipa, aglutina em sua volta restaurantes, serviços turísticos, as duas principais agências de venda de passagens de trens para Machu Picchu, albergues e lojas. Um punhado de desocupados e pedintes meio que estraga o passeio. Os pedintes vão desde os “guias turísticos” aos mendigos mesmo, passando por crianças que a princípio podem parecer fofinhas, mas nem sempre é o caso…

Fui vítima de uma dessas “gracinhas”. No nosso primeiro dia de Cusco andávamos pelas redondezas da Praça de Armas quando fomos abordados por uma garotinha fôfa, vendendo uma boneca. A garota imediatamente notou que éramos brasileiros e se aventurou no português com um texto pronto: “a bandeira é verde e amarela, a presidente é Dilma Roussef, a moeda é o real”. Lógico que ficamos embasbacados com aquela fofurinha falando português para nos agradar. Imediatamente abri a carteira e dei 2 soles a ela, o que não é muito. Ela ficou absolutamente OFENDIDA com os 2 soles. Disse que eu tinha era que comprar a boneca, que custava 20 soles. Eu disse que não queria e ela passou a insistir e  choramingar, dizendo que tinha de “pagar aluguel”, que morava nas montanhas (seja lá o que isso quer dizer), e que eu era uma pessoa muito ruim.

Começamos a entrar em lojas para fugir da garota, sem sucesso… Ela nos esperava na porta de todos os estabelecimentos até que eu me aborreci e disse a ela que se não parasse eu ia ficar realmente brava. Foi a conta, ela saiu e me rogou uma praga: “espero que você seja atropelada por um trem”. Em que língua? Em espanhol, já que o português ela tinha se tocado que não estava mais fazendo efeito…

Fiquei chocada, quase fui atrás dela pra pedir os 2 soles de volta…

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Viagem de Puno a Cusco – Muitas fotos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Um dos pontos altos de toda nossa viagem ao Perú foi sem dúvida a viagem de Puno a Cusco. Se pode fazer essa viagem de várias formas, de avião, saindo do aeroporto de Juliaca rumo a Cusco, de ônibus normal, de trem, pela Peru Rail, ou de ônibus turístico. Optamos pela última opção. Foram 10 horas de ônibus e quando a gente fala isso parece uma coisa horrível, insuportável. Acontece que a viagem é um passeio em si, com várias paradas em sítios arqueológicos, igrejas e almoço. Escolhemos uma companhia turística nova que faz esse trajeto, a Wonder Perú, e foi tudo ótimo.

Viajamos com um grupo de franceses e o ônibus não estava cheio. No grupo de franceses tinha uma senhora portuguesa que acabou fazendo amizade com a gente.

A primeira parada do passeio/viagem foi no templo de Pukara, a 106 quilômetros de Puno. Ali visitamos um pequeno museu com cerâmicas pré colombianas da civilização Pukara, que data de 1600 anos AC.

De lá o passeio/viagem seguiu por paisagens maravilhosas já subindo a cordilheira dos Andes. Chegamos então ao ponto mais alto da rota, a 4335 metros de altitude, em picos nevados. O ponto de Raya é limítrofe entre as cidades de Puno e Cusco. Em Raya deu até pra fazer guerra de bola de neve! Imaginem: no meio da América do Sul, em pleno verão, e nós fazendo guerra de bolas de neve. No local muitos dos vendedores onipresentes. Compramos lhamas de brinquedo.

O almoço foi em Sicuani, a 3500 metros de altitude. Boa comida peruana, pela primeira vez no formato bufê. Lá for a no quintal uma lhama fazia a alegria dos urbanos de plantão que, como eu e Pietro, ficam doentes por qualquer bichinho.

Em Raqchi vimos ruínas do Império Inca, o Templo de Wiracocha e uma garota típica que posava para fotos em troca de propinas.

Em Andahuaylillas, última parada da viagem, visitamos uma capela que preserva muita arte barroca e obras da escola cusquenha. A igreja é conhecida como a Capela Sistina das Américas.

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Índias das Ilhas Uros cantam hit de Michel Teló

Como se pudéssemos fugir da terrível realidade… Ai Se Eu Te Pego,  o hit, é mesmo interplanetário e nosso contato com ele durante a viagem foi bastante frequente. O mais bizarro, no entanto, foi quando as índias das ilhas flutuantes de Uros nos receberam em sua casa.

Elas cantaram músicas em várias línguas, para festejar os turistas. Cantaram em inglês, francês e espanhol e, quando souberam que éramos brasileiros, sorriram radiantes e cantaram a música que tornou Michel Teló famoso.

Aqui está:

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Nossos passeios em Puno

O Lago Titicaca fica na cidade de Puno, a cerca de 3800 metros de altitude e é um dos maiores lagos comercialmente navegáveis do mundo. Nós ficamos hospedados no belíssimo Hotel Titilaka que fica a uma hora do centro de Puno, às margens do Titicaca. Chegamos no sábado de tarde e logo fomos conhecer o hotel. No domingo chovia de manhã e não foi possível para o Pietro navegar nos caiaques do hotel.

De tarde saímos num tour com outros hóspedes. Primeiro passamos por um carnaval competitivo e vimos ensaios dos grupos que iriam se apresentar. Depois saímos de barco pelo Lago Titicaca num passeio até as Ilhas Uros, as ilhas flutuantes. Fomos recebidos por índias que moram numa das ilhas. Elas nos mostraram o funcionamento das ilhas, desde a construção até a energia solar que elas usam para ligar TV e outras coisas.

No final elas cantaram canções em várias línguas e nós tivemos de ouvir o indefectível Ai Se Eu Te Pego, cantado pelas habitantes das Ilhas Uros (sim, até lá). Na volta a interpérie nos esperava: uma terrível chuva de granizo…

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Veja fotos do Hotel Titilaka

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